ITORORÓ: A VOLTA DO CORONELISMO E A CENSURA DA IMPRENSA

Em terra de coronel ninguém fala, ninguém viu.

Enquanto o mundo avança no direito a liberdade de expressão e consolida a democracia, Itororó segue na contramão, vivendo momentos que outrora pareciam vencidos. Os coronéis falidos do cacau e suas crias voltaram ao cenário político com o chicote na mão, dispostos a passarem por cima de quem ousar não rezar na cartilha por eles ditada. A turma da pesada que hoje governa o município não admite opinião contrária, divergências de ideias e muito menos denúncias das mazelas constantes que assolam o povo carente, que não tem qualquer reparo dos que aí estão a governar para uma curriola.

O mais lamentável é que todo esse desmando e imponência diante dos que mais precisam são patrocinados pela maioria da classe média, que tornou-se parasita da Prefeitura Municipal. A Câmara Municipal foi reduzida a pó, apenas três parlamentares na oposição, embora desempenhem o seus papeis de fiscalizadores do executivo, são tratorados pela maioria governista conquistada com dinheiro, cargos e outros inúmeros benefícios. A voz combativa surgiu através de um importante meio de comunicação, o Radialista Rubinho Cordeiro, âncora do Programa Itapuy Notícias, da Rádio Itapuy FM, abriu os microfones para a população, que inconformada, encontrou no jornalista o amparo para desabafar suas dores, cobrar seus direitos e denunciar o abonando da administração pública municipal.

Tal atitude de coragem do radialista, pode custar hoje o seu sustento e da sua família, pois insatisfeitos com a projeção que o programa de notícias ao meio dia conquistou, os coronéis agem na surdina para tirar do ar o que se tornou uma espécie de tribuna popular. Essa hipótese tem gerado revolta na população, que promete reagir à altura, caso essa operação orquestrada pelo prefeito Marco Brito e aliados se conclua. Afinal, como diz um ditado popular; “tudo tem limite se não vira palhaçada”.

Danillo Oliveira

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